Cristãos, muçulmanos, hindus e judeus discutiram em Lisboa e de forma pacífica o conflito de religiões, num congresso internacional da Maçonaria Regular organizado pela Loja portuguesa.
No Centro Cultural de Belém, "maçons" de 12 países discutiram também o papel da Maçonaria numa época de globalização competitiva ou que acções se podem implementar para atingir um desenvolvimento sustentável.
Oportunidade para ouvir, por exemplo, José Ruah, maçon e judeu, defender que o conflito de religiões é "um falso problema" e que "a fé é usada como argumento para o conflito" se bem que não esteja no centro do problema.
"No entanto o marketing é tudo. Quem daria a primeira página a um conflito que não se arvore como em nome de Deus? Quem conseguiria levar para a frente de batalha homens sem os motivar em nome de Deus?", questionou.
José Ruah questiona também o conceito "perigoso" e tão apregoado pela Maçonaria de Tolerância, que não é nem paritário nem mensurável.
"Tolerar alguém ou algo é uma relação de superioridade para com esse alguém ou esse algo. Numa relação de tolerância há o Tolerante e o Tolerado (Ó), o mais normal é cada um de nós aplicar o conceito de tolerância quando a coisa não correu conforme o esperado", defendeu.
Pedro Ramos Barbosa, outro "maçon", alertou para o erro de se confundir os atentados terroristas com o Islão ou com a comunidade islâmica, o que leva a estigmatizar os seguidores de uma religião apenas por pertencerem a essa religião.
Para a maçonaria todas as religiões são conciliáveis, como disse à Lusa o representante do Brasil no congresso, Jobelino Locateli, acrescentando que os conflitos religiosos não existem quando "há uma actividade religiosa saudável".
"Quando se entra no fanatismo a religião fica distorcida", afirmou, concluindo que também defende não haver guerras religiosas mas sim económicas.
Mas Jobelino Locateli veio ao congresso para falar essencialmente sobre desenvolvimento sustentável, algo em que a maçonaria pode ajudar "trabalhando na atitude das pessoas, transmitindo exemplos de cidadania e de respeito" pelo meio ambiente.
"O Homem pode ser liberal mas tem de ter método e disciplina no meio ambiente", disse, lembrando que nos últimos 200 anos a população na Terra passou de um bilião para seis biliões.
Alberto Trovão do Rosário, grão-mestre da Grande Loja Regular de Portugal, explicou à Lusa que o objectivo do congresso é recolher vários contributos sobre os problemas que afectam os Homens na actualidade.
"Queremos saber que sociedade é a nossa, quais os problemas que a afectam", acrescentou, pouco depois de dizer aos restantes participantes que os riscos que o Homem enfrenta hoje são mais complexos do que todos os que já enfrentou, embora sejam mais fortes e diversificados os meios que dispõe para os vencer.
Agência LUSA
No Centro Cultural de Belém, "maçons" de 12 países discutiram também o papel da Maçonaria numa época de globalização competitiva ou que acções se podem implementar para atingir um desenvolvimento sustentável.
Oportunidade para ouvir, por exemplo, José Ruah, maçon e judeu, defender que o conflito de religiões é "um falso problema" e que "a fé é usada como argumento para o conflito" se bem que não esteja no centro do problema.
"No entanto o marketing é tudo. Quem daria a primeira página a um conflito que não se arvore como em nome de Deus? Quem conseguiria levar para a frente de batalha homens sem os motivar em nome de Deus?", questionou.
José Ruah questiona também o conceito "perigoso" e tão apregoado pela Maçonaria de Tolerância, que não é nem paritário nem mensurável.
"Tolerar alguém ou algo é uma relação de superioridade para com esse alguém ou esse algo. Numa relação de tolerância há o Tolerante e o Tolerado (Ó), o mais normal é cada um de nós aplicar o conceito de tolerância quando a coisa não correu conforme o esperado", defendeu.
Pedro Ramos Barbosa, outro "maçon", alertou para o erro de se confundir os atentados terroristas com o Islão ou com a comunidade islâmica, o que leva a estigmatizar os seguidores de uma religião apenas por pertencerem a essa religião.
Para a maçonaria todas as religiões são conciliáveis, como disse à Lusa o representante do Brasil no congresso, Jobelino Locateli, acrescentando que os conflitos religiosos não existem quando "há uma actividade religiosa saudável".
"Quando se entra no fanatismo a religião fica distorcida", afirmou, concluindo que também defende não haver guerras religiosas mas sim económicas.
Mas Jobelino Locateli veio ao congresso para falar essencialmente sobre desenvolvimento sustentável, algo em que a maçonaria pode ajudar "trabalhando na atitude das pessoas, transmitindo exemplos de cidadania e de respeito" pelo meio ambiente.
"O Homem pode ser liberal mas tem de ter método e disciplina no meio ambiente", disse, lembrando que nos últimos 200 anos a população na Terra passou de um bilião para seis biliões.
Alberto Trovão do Rosário, grão-mestre da Grande Loja Regular de Portugal, explicou à Lusa que o objectivo do congresso é recolher vários contributos sobre os problemas que afectam os Homens na actualidade.
"Queremos saber que sociedade é a nossa, quais os problemas que a afectam", acrescentou, pouco depois de dizer aos restantes participantes que os riscos que o Homem enfrenta hoje são mais complexos do que todos os que já enfrentou, embora sejam mais fortes e diversificados os meios que dispõe para os vencer.
Agência LUSA
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