Maçonaria

Dado o interesse do tema, ao longo da semana vou aqui deixar uns breves textos para as pessoas que visitam este blog tirem algumas duvidas e dismistifiquem os preconceitos acumulados durantes gerações sobre o tema da Maçonaria...
vamos começar essencialmente por definir em termos muito basicos o que é a Maçonaria:
Não possui a Maçonaria leis gerais nem livro santo que a definam ou obriguem todo o maçon através do Mundo. Não sendo uma religião, não tem dogmas. Em cada país e ao longo dos séculos, estatutos numerosos se promulgaram e fizeram fé para comunidades diferentes no tempo e nos costumes. Mas isso não obsta a que a Maçonaria possua certo número de princípios básicos, aceites por todos os irmãos em todas as partes do globo. É essa aceitação, aliás, que torna possível a fraternidade universal dos maçons e a sua condição de grande família no seio da Humanidade, sem que, no entanto, exista uma potência maçónica à escala mundial nem um Grão-Mestre, tipo Papa, que centralize o pensamento e a acção da Ordem.
Vejamos o seu nome Maçonaria vem provavelmente do francês "Maçonnerie", que significa uma construção qualquer, feita por um pedreiro, o "maçon". A Maçonaria terá assim, como objectivo essencial, a edificação de qualquer coisa. O maçon, o pedreiro-livre em vernáculo português, será portanto o construtor, o que trabalha para erguer um edifício.
Dos ideais de justiça e solidariedade humanas, levados até às últimas consequências, resulta naturalmente o ser a Maçonaria uma instituição aclassista e anticlassista, englobando representantes de todos os grupos sociais que, como maçons, devem tentar esquecer a sua integração de classe e comportar-se como iguais. "A Maçonaria honra igualmente o trabalho intelectual e o trabalho manual", rezava o artigo 6º da Constituição de 1926. E, nos requisitos para se ser maçon, exige-se apenas, para além de diversas condições morais e intelectuais que mais adiante serão mencionadas, o exercer-se uma profissão honesta que assegure meios de subsistência. É verdade que a exigência de se possuir a instrução necessária para compreender os fins da Ordem exclui, desde logo, os analfabetos e grande parte das massas populares (em Portugal, entenda-se). E é verdade também que a maioria dos maçons proveio e continua a provir dos grupos burgueses. Mas isso deve-se apenas às condições históricas em que todas as sociedades têm vivido nos últimos 200 anos. À medida que as classes trabalhadoras vão atingindo mais elevado nível social e cultural, assim o número de maçons delas oriundo tende a aumentar paralelamente. Em Maçonarias de países como a Grã-Bretanha, a França ou a Holanda, o carácter aclassista da Ordem Maçónica nota-se com muito maior intensidade do que em Portugal ou na Espanha.

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