Saudades..

Porque é que será que, sempre que ouço Aliados ou Batalha, me dá vontade de sorrir?? Serão as saudades a acumular-se? Confesso que os 6 anos que vivi naquela cidade, me deixaram uma nostalgia muito grande. Os primeiros meses custaram muito.. muito mesmo! Mas depois com o tempo, as coisas melhoraram. Neste momento a palavra entreajuda, faz muito sentido.
Outros tempos, outras companhias, mas o que é certo é que a palavra Porto na minha mente, deixou de ter aquele sentido critico, até porque era o Covil dos Dragões, para ser tornar uma alegre surpresa. Os meus tempos de faculdade, as minhas voltas na Santa Catarina, os almoços demorados na Ribeira, sim, porque voltar a subir custava tanto, que muitas vezes decidíamos passar a parte, para ganharmos balanço, acompanhados pelo melhor sol e as melhores bolas de Berlim. As voltitas à noite, aliados, Constituição, Boavista, e a passagem quase que obrigatória… o Mar. Nascido e criado na capital de Distrito de Trás os montes e alto douro, nunca pensei que o Mar, mexe-se tanto comigo
. As minhas emoções, as minhas lembranças, tudo se reflecte nas ondas do mar. Agora tento-me vingar, quando de fugida vou ao Porto, nos pequenos almoços em Leça.. mas não é a mesma coisa. Tenho Saudades da minha vida de estudante, tenho saudades dos meus colegas (2) de faculdade. Tenho saudades do Mar, tenho saudades das tardes de praia na Povoa,.. tenho saudades do Douro Litoral.
Enfim saudades de muita coisa que já passou.. e que não regressa mais. Mas fica e ficará sempre um carinho enorme pela cidade do Porto, e pelos seus habitantes. Uma vez, ia eu pela rua Visconde de Setúbal, ainda com cerca de 2,7 km para andar a pé até a rua Augusto Rosa, quando a rua em obras, fica abruptamente mais estreita, não dando para passar mais que uma pessoa. Eu, bem-criado que fui, deixei passar um senhor que aparentava ter cerca de 40 anos, e ele ao cruzar-se por mim, agradeceu com muito simpatia por eu lhe ceder a passagem. Esta ficou para sempre. Não, pelo agradecimento mas pelo Gesto, porque na capital isso não acontece.
Mesmo. São muitos, e variados os episódios que levo em memória da cidade invicta.
1 altura, ainda eu fumava um cigarritos, numa altura, que ainda se podia fumar em todo o lado, cruzo-me com uma senhora, já com idade para ser minha avo. Os dois sentados na área da restauração do Via Catarina, mas em mesas diferente, eu estava acompanhado ela não. Quando me diz que fumar faz mal a pele, num tom simpatiquíssimo. Disse-me a sua idade (que já não me recordo) e gabou a sua pele, que com a idade lembro-me estava muito bem cuidada. O episódio passou-se, e com o tempo fui-me esquecendo da senhora que tão bons conselhos até que…. E há bem pouco tempo sonhei com ela. Sonhei com mesma conversa, sonhei que me voltou a dizer as mesmas coisas, e transpôs-me em sonho, para o mesmo espaço físico, ao fim da tarde de primavera, a Cata a meu lado..! e Recordei com saudades… Já não fumo, melhorei o rosto(lol) e a senhora comunicou comigo em sonho… São muitos e variados as aventuras que tenho por isso recordo com saudades..
Podia ficar aqui infimamente a falar da Invicta.. Mas não vou quero maçar mais…
José Carlos Leitão

Sem comentários:

Popular Posts